No primeiro contato com o público ( pré estreia em Recife ), a montagem teatral recebeu a apreciação dos familiares do escritor, através da esposa, filhas, sobrinha, netos e bisnetos. Na trama, a preguiça é descortinada em um picadeiro de intrigas no Sertão de Taperoá, quando um poeta e sua esposa são alvo de uma dupla de trapaceiros. No elenco, estão Jadenilson Gomes, Charlon Cabral, Lucas Dias, Gaby Salles, Wíris Lane, Allan Silva, Dvson Alves e Thiago Freitas. A direção de arte conta com as mãos de Thiago Freitas, enquanto o figurino, rico em retalhos, passaram pelas mãos dos costureiros Sivaldo Moura e Wellington Pereira .
Além da pré estreia na capital pernambucana, o espetáculo cumpriu uma temporada de três finais de semana em Limoeiro e retornou a Recife para cumprir mais uma apresentação, sendo esta no 19º Festival Recife do Teatro Nacional, no COMPAZ Escritor Ariano Suassuna. Na criação do cenário e direção do espetáculo, Charlon Cabral ( arte educador ) mais uma vez voltou à cena.
SINOPSE
O espetáculo descortina a preguiça em um picadeiro de intrigas no sertão de Taperoá. Na farsa, o poeta Joaquim Simão e Nevinha, sua esposa, são alvos dos trapaceiros Aderaldo Catacão e Clarabela, sem esquecer ainda a algoz Andreza. A pseudo intelectual, Clarabela, tem um disfarçado interesse pela poesia de Joaquim Simão e por este um escrachado desejo amoroso, da mesma forma que Aderaldo investe também um escancarado caso amoroso por Nevinha. Sem sucesso nas investidas do coração, o ganancioso casal de ricos acaba por ser ludibriado pela dupla formada por Cão Coxo e Cão Caolho que perde tudo que possui, inclusive o danado do peru.
PROPOSTA DE ENCENAÇÃO de Charlon Cabral
Respeitável público! Hoje tem espetáculo?
A resposta mais evidente que teríamos é: Tem sim, senhor!
E sem dúvida é nossa resposta.
Decifrar nossa brasilidade através do universo popular e erudito do Mestre Ariano Suassuna, nos deixa bastante esperançosos diante das ausências e negligências artísticas do momento. Como mestres de cerimônia de inúmeros circos esquecidos e espalhados por esse mundo de lona estrelada, ensolarada e também furada, trazemos a dramaturgia de Suassuna, mais precisamente “O Peru do Cão Coxo” da obra A Farsa da Boa Preguiça, para tornar-se o cerne de nosso mais profundo imaginário circense. Encontra-se representado por uma dramaturgia que nos reconecta com nossa dimensão popular nordestina, fez-nos erguer nossa lona decorada de “verdade” com bastante segurança artística. Daí em diante foi um salto para que o nosso picadeiro fosse montado. Comprometidos com a alegria circense, com a vibração e sotaque popular, com a sonoridade e a cor do nosso povo, estão eles, os intérpretes (artistas), prontos e ansiosos para estarem no centro do picadeiro dando corpo e vida ao nosso imaginário real.
ELENCO :
Jadenilson Gomes, Charlon Cabral, Lucas Dias, Gaby Salles, Dvson Alves, Thiago Freitas
Direção do espetáculo: Charlon Cabral
PRODUÇÃO: Centro de Criação Galpão das Artes - Limoeiro / PE
Direção de Arte: Thiago Freitas
Costureiros: Sivaldo Moura, Wellington Pereira
CRIAÇÃO DE CENÁRIO : Charlon Cabral
HISTÓRICO DO GALPÃO DAS ARTES :
O Centro de Criação Galpão das Artes que fica localizado à rua Vigário Joaquim Pinto, nº 465, Limoeiro – Pernambuco, no agreste setentrional. A instituição existe há 17 ( dezessete ) anos e traz no seu currículo duas montagens teatrais de autoria de Ariano Suassuna, como: O Caso do Novilho Furtado e A Inconveniência de Ter Coragem . Esta última montagem além de ter percorrido as regiões norte, nordeste e sudeste do país chegou a cruzar o Atlântico aportando na Universidade de Coimbra, em Portugal. Atualmente, possui em seu repertório o espetáculo Histórias de Lenços e Ventos ( Ilo Krugli ) e uma série de contações de histórias dedicadas à infância e as ações do Ponto de Memória que concentra atividades com brinquedos populares tradicionais.
Na verdade, o Galpão das Artes como é conhecido surge da inexistência de um espaço planejado ao exercício das artes cênicas no ano de 2000. O referente espaço possui um teatro com capacidade para 100 (cem) espectadores e 10 (dez) atores .
Fonte: Blog Coisas da Vida | Marcio Wanderley |
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